“Troque de trabalho a cada dois anos.”
“Construa seu currículo.”
“Ganhe novas habilidades.”
Esse é o conselho padrão que todo desenvolvedor de software ouve. E olha, ele funciona — até certo ponto. Mas e se esse conselho não for te levar pra onde você realmente quer ir?
Depois de trocar de emprego 10 vezes, eu percebi algo incômodo: o que eu estava procurando não estava em nenhum desses lugares.
A falsa promessa do próximo emprego
Você entra empolgado num novo trampo. Aprende o sistema, conhece as tecnologias novas, adiciona umas buzzwords no seu currículo, e acha que está subindo na carreira. E realmente está — tecnicamente. Mas, depois de um ano... bate o vazio.
Você começa a sentir que aquele não é "o trabalho". Aquele significado, aquela realização, aquela motivação? Não tá lá. E aí vem a clássica reação: procurar o próximo. Um novo desafio. Nova stack. Novo crachá.
E assim passa 2, 4, 8, 13 anos...
Coletar skills não é viver
Não me entenda mal: é ótimo ter um currículo bonito. Ter experiência pra contar nas entrevistas. Saber como uma dezena de empresas fazem as mesmas coisas de formas diferentes.
Mas chega uma hora que você começa a se perguntar: “É só isso?”
- Trabalhar em produtos pelos quais você não se importa.
- Ganhar dinheiro pra pagar as contas.
- Repetir esse ciclo até a aposentadoria.
O que você realmente quer?
Se sua resposta é: pagar as contas, apoiar sua família, fazer o que precisa ser feito — então tudo certo. De verdade. Esse artigo não é pra você.
Agora, se você quer algo a mais... Se você quer autonomia, impacto, significado — então precisamos conversar.
O que eu queria (e talvez você também)
Eu percebi que o que eu buscava não era um novo emprego. Era:
- Ter controle sobre o tipo de trabalho que eu faço.
- Ter liberdade de tempo e local.
- E principalmente: não depender de um chefe me ligar às 17h45 numa sexta.
Hoje eu trabalho de um jardim ensolarado, quando eu quiser, no que eu quiser. Ainda não substituí 100% da renda do antigo 9–5. Mas eu estou no caminho certo. Porque agora, o jogo é meu.
As armadilhas do mundo corporativo
Ah, mas seu novo emprego tem:
- Aumento de salário
- Plano de saúde
- Café gourmet e cantina com comida grátis
Legal. Mas isso é só isca. Um jeito de te manter preso no mesmo ciclo. Só confortável o suficiente pra você não pensar em sair.
A vida além do 9–5
Eu saí do meu emprego tradicional há 4 anos. Desde então:
- Construí uma audiência no YouTube
- Lancei cursos online
- Escrevi e-books
- Fiz freelas
- Ganhei com AdSense e parcerias
E agora eu vejo: isso é possível. É real. Não é só papo de influencer fingindo renda.
Você consome conteúdo todos os dias. Por que não criar também? Pode ser vídeo, pode ser software, pode ser qualquer coisa. Mas crie.
Perguntas que valem a reflexão
- Quantos empregos você planeja ter na sua carreira?
- Quantas vezes vai repetir esse ciclo?
- No fim de tudo, isso vai te deixar realmente satisfeito?
Se a resposta é sim, ótimo. De coração, feliz por você.
Se for não, então é hora de começar a explorar as alternativas.
O próximo passo
Se quiser acompanhar mais da minha história, reflexões e aprendizados (inclusive erros), tem um link pra minha newsletter aqui embaixo. Compartilho de forma honesta o que funcionou e o que não funcionou.
Mas se nada mais, espero que este artigo tenha te dado uma fagulha.
A fagulha de que sim, existe vida fora do CLT eterno. E você pode criar ela.
Obrigado por ler até aqui. E nos vemos na próxima.