Quais práticas estão padronizadas na sua equipe? Quais práticas são compartilhadas entre todas equipes? Quais problemas existem hoje na estrutura da equipe? Quais serão as próximas práticas a serem adotadas?

Cada equipe minimamente deve saber falar sobre três itens:

• reabastecimento
• sincronia
• melhoria

O reabastecimento fala sobre priorização e o olhar de conexão de negócio e evoluções técnicas internas. A sincronia envolve alinhamento, das pessoas saberem onde estão e o que está “pegando” com a equipe. Pode ser uma reunião online, atualizações em algum canal de comunicação, como a equipe resolver se organizar. E também melhoria, com alguma cerimônia onde a equipe reflete sobre como está trabalhando e sobre como pode melhorar, seja em questões técnicas ou em processos de trabalho.

A partir disso, as equipes devem entender como vão tratar as diferentes partes do fluxo: priorização de trabalho, análise de negócios pensando em artefatos e técnicas de fatiamento de trabalho e cadências, estratégias de arquitetura e design, estratégias de automação de testes e pipelines de entrega, formas de validação e revisão do trabalho realizado e além disso a liberação de funcionalidades (deploy é diferente de release) para clientes além de entender como o trabalho realizado deve ser medido.

Aí entram ferramentas de apoio para medição de desempenho, carga e outras variáveis de negócio que podem entender sobre a saúde do sistema e do trabalho entregue. Fora isso, ainda existem as preocupações de como a equipe faz para trabalhar com feedbacks e processos de escuta, além das estratégias de aprendizagem.

Entender o funcionamento de uma equipe, independente do tamanho, é algo que pode ser complicado, mas pode ter padrões e expectativas. E o principal: pode ser desafiado, melhorado e aperfeiçoado.

Existe algo que seja comum para todas as equipes? A necessidade de entregar valor, de entregar com frequência, de entregar com qualidade. É uma tarefa de equipe, de responsabilidade individual e coletiva. A equipe deve se importar com o trabalho em andamento e com o trabalho que precisa ser terminado. Lembrar que terminar o que está em andamento é mais importante que iniciar novo trabalho. Ainda mais considerando que o que está em andamento é o trabalho priorizado.

— Daniel Wildt

P.S.: Esse texto faz parte de um handbook que venho documentando faz alguns meses, sobre o que aconteceu na equipe da uMovme desde 2009. Aprendendo e refletindo sobre os diferentes caminhos que a equipe já percorreu, e trazendo aquilo que emerge e persiste no funcionamento das equipes. Esse handbook está se tornando um conjunto de princípios e práticas que a equipe reconhece e desafia no seu trabalho diário.

P.S.2: Foto do artigo, Paths, de Simon Clayson (via Flickr, licença Creative Commons).